A Copa do Mundo acabou com um fiasco da seleção, mas
calma que o circo no Brasil continua, agora com as eleições. O que aprender com
o “padrão Fifa”? Nada. Restou-nos o gosto amargo de derrotas por goleadas e
algumas arenas como elefantes brancos na Amazônia, Pantanal e Brasília. Locais com
estádios onde não há times, onde só tem cartolas fazendo mágicas de
desaparecimento do dinheiro público nas empreiteiras que patrocinam as
eleições. O que aprender com a organização de base dos alemães? Nada. Nunca
pudemos nem pensar em aprender alguma coisa sob a dinastia mafiosa de
dirigentes do quilate internacional de João Havelange & Ricardo Teixeira,
que chegou a presidir a própria Fifa, e agora os seus sucessores José Marin
& Del Nero.
Enquanto a entidade “CBF” dos alemães, os campeões da
copa do Brasil, é considerada a instituição mais confiável e eficiente do país,
mais confiável do que o parlamento e o executivo da Alemanha; a nossa CBF consegue ser, de goleada, mais
desacreditada que os políticos do Congresso Nacional e governantes brasileiros.
O que fazer? Os cargos destes dirigentes são praticamente vitalícios, duram até
que algum escândalo de corrupção recomende a tática de mudar de nome para
continuarem as mesmas falcatruas de sempre. Nem mesmo os presidentes dos
grandes clubes reunidos no “Clube dos 13” conseguiram abrir uma brecha nessa
estrutura corrompida de poder.
O movimento dos jogadores de futebol, o Bom Senso
Futebol Clube, reivindica direito a voto nas eleições das federações e na
Confederação (http://www.bomsensofc.org/
). Seria um bom começo os jogadores serem os protagonistas da democratização
destas entidades, pois são os verdadeiros atores deste mundo dos espetáculos
que rende fortunas de dinheiro para a
logomarca “CBF”, empresa privada que tem o monopólio de explorar os
símbolos nacionais (bandeira, cores, hino) e a paixão do povo brasileiro pelo futebol.
A CBF tem isso tudo de mão beijada sem prestar contas
e sem dever explicações pra ninguém, nem pro tribunal de contas. Isso precisa
ser mudado por lei. Fala sério, povo nenhum merece ficar dependendo que o fuleco
do Marin decida demitir o arcaico técnico Felipão do time de um homem só
(Neymar), e decida quem contratar como novo treinador; como se o problema fosse
só esse. É deprimente.
#BOMSENSOFUTEBOLCLUBENACBFJÁ!